Desde cedo se percebeu as prioridades dos contendores. O Lusitânia mais ofensivo e o Fayal Sport de mangas arregaçadas a defender a sua baliza, até porque jogava contra o vento na primeira parte. Os faialenses povoaram bastante o seu meio campo, deixando Tiago Oliveira na frente entregue à sua sorte no meio de Celso e Ricardo. Aos verde-brancos de Angra pedia-se que alargassem o seu jogo, de modo a criarem mais facilmente desequilíbrios. Mas nem Rui Marques nem Evandro conseguiram impor-se pelo que o futebol lusitanista passou a processar-se nos espaços interiores e longe da baliza adversária.
Outro fator importante foi o posicionamento de Sérgio Alvernaz que impediu que Fábio Pomba tirasse proveito do território entre linhas. Exceção a um cabeceio de Veredas e um canto de Fábio Pomba, em que a bola embateu na barra, o Lusitânia não criou situações de golo. Talvez por isso, Francisco Faria trocou Miguel Oliveira, um jogador mais de posse, por Vasco, um atleta propenso a acelerações, de modo a tentar dar mais ritmo à circulação de bola. Nas poucas vezes que Pedro Rodrigues e João Gonçalves chegaram à latitude de Tiago Oliveira, o Fayal Sport dispôs de duas boas ocasiões para marcar já bem perto do intervalo. Os homens da Horta encurtaram ainda mais as linhas na segunda metade do encontro, dando a entender que o objetivo principal era manter a inviolabilidade das suas redes. Puseram as rédeas da partida na mão do adversário mas fecharam a sete chaves o acesso à sua grande área, sobretudo depois da entrada de Emanuel Lopes. O Lusitânia jogava como queria mas só até ao limite da área e por isso não criava oportunidades de golo.
Só quando entrou Diogo Picanço para o lugar de Evandro é que os terceirenses ficaram mais ameaçadores. Eugénio Botelho ainda lançou Fernando Gomes para refrescar a resistência mas Nuno Lima foi o peso que desequilibrou a balança. Isto porque o Lusitânia, vendo o tempo a passar, apostou no jogo direto com lançamentos compridos e solicitações sistemáticas para dentro da área. E foi num trabalho dos dois pontas de lança que Nuno Lima fez o primeiro golo que desmantelou todo o aparelho defensivo do Fayal Sport. No tempo em que ocorreu, o tento descontrolou os visitantes que dois minutos depois sofreram o golo sentenciador. Verdade que as condições climatéricas não favoreceram o espetáculo, mas evidente também que o Lusitânia é equipa que não se dá muito bem com adversários que colocam o autocarro à frente da baliza.
Resultados e classificação
Melhores Marcadores
7 golos - Denilson (Praiense);
6 golos - Nélson Faria (Sp. Ideal);
6 golos - Nélson Faria (Sp. Ideal);
5 golos - Filipe Andrade (Santiago);
4 golos - Everton (Sp. Guadalupe), Evandro e Nuno Lima (Lusitânia), Luís Machado (Prainha);
3 golos - Júlio Fernandes (Sp. Guadalupe), Sidnei (Prainha), João Borges e Stela (Praiense);
2 golos - Pedro Rodrigues (Fayal Sport), Fábio Pires (Santiago), Vítor Gaguinha, Paulo Sérgio e Armando (União Micaelense), Genifel (Sp. Guadalupe), Mauro (Praiense);
1 golo - Tiago Medeiros e Sandro Paz (Fayal Sport), Dário, Miguel Oliveira, Rui Marques, João Silveira e Heitor (Lusitânia), Fábio Azevedo, Diogo Ávila, Márcio Lima e Luís Silva (Prainha), Filipe Cardoso e Tiaguinho (Águia dos Arrifes), João Vítor e Menina (União Micaelense), São Pedro, Vítor Sousa, Bolinhas e Hugo Rego (Sp. Ideal), André Ávila, Wilson, Joel Sousa, Vladimir e Diogo Oliveira (Boavista de São Mateus), Danilson, Renato e Ibraime (Praiense), Lelé, Manú, Valtinha e Rui Carvalho (Santiago), Luís Filipe (Sp. Guadalupe);
Resumo feito pela RTP Açores, no programa "Teledesporto"
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