terça-feira, dezembro 18, 2018

"Os Verdes da Alagoa" - Os nossos atletas (9 de 9)


De pé, da esquerda para a direita: Costa Pereira, Mário Barbosa,
João Ribeiro, João Luís, João Quadros, Manuel Lima, Manuel Cristo,
Manuel Almeida e Antero Gonçalves (Treinador).
Em 1.º plano, pela mesma ordem: João Almeida, Manuel Silveira,
Carlos Machado, Manuel Bulcão, Fernando Faria e António Marques.

Dos muitos jogadores seniores que envergaram a camisola verde, no período de 1960 a 1978, as suas histórias desportivas foram divulgadas no livro “Os Verdes da Alagoa”, lançado em Fevereiro de 2011.
E é assim que, com esta transcrição, terminamos a série intitulada “Os nossos atletas”, que durante alguns meses o Jornal do Fayal Sport Club foi publicando nas suas colunas.
Dentro do espírito que norteou a publicação desta série, fixámo-nos principalmente naqueles jogadores que, quanto a nós, fizeram parte da designada “Década de Ouro”, durante a qual o Manuel Silveira foi um dos jogadores cujas botas passavam dos seniores para as reservas e para os juniores. Quando em dia de chuva, como elas não estavam secas, era um problema para o contínuo arranjar um “par de botas” que servisse ao jogador da categoria seguinte.
Naquelas épocas as botas eram fornecidas pelo Clube e o dinheiro como não existia “aos montes”, era neste sistema que eram usadas.

No que dizia respeito às bolas só a partir do início da década de 1960, quando o Prof. Gaspar Neves iniciou as suas funções como treinador é que o número de bolas para os treinos aumentou, uma vez que eram fabricadas numa espécie de borracha e só serviam para os treinos.
A terminar este último trabalho transcrevemos o que foi publicado no N.º 62 de 7 de Agosto de 1971, relacionado com Manuel Silveira da Rosa:

“Manuel Silveira

Manuel Silveira é, por excelência um jogador “operário”, incansável nas energias que esgota ao serviço do seu e nosso clube.
Como seccionista do clube acompanhámos Silveira no seu primeiro ano como sénior ao serviço do FAYAL SPORT CLUB.
Ontem, como agora, era já um jogador generoso, um lutado sempre pronto a mais um esforço quando a tanto era solicitado.
Jogador discutido, não deu ainda a medida exacta das duas reais possibilidades como futebolista.
Tem alinhado em diversos lugares da equipa, sendo que no lugar de extremo recuado se fixou por largos períodos de tempo, cumprindo na tarefa de vai-vem que lhe é atribuída.
Quando em boa condição física é uma pedra indispensável no xadrez da equipa verde. Carece, quanto a nós, de maturidade táctica e maior apuro técnico.
Gostaríamos de vê-lo alinhar no lugar de defesa lateral, pois cremos ser óptimo transportador de jogo nos modernos sistemas de ataque.

Manuel Silveira é um jogador jovem, tendo muitos anos de futebol para dar ao nosso desporto. Ao traçarmos o seu perfil, queremos vincar que se trata dum jogador que, morando longe da cidade, é assíduo nos treinos, muito havendo ainda a esperar dele.
Sendo um jogador rápido e que não vira a cara à luta, Manuel Silveira é o exemplo do desportista modesto, correcto e amante o desporto.
Nasceu a 29 de Março de 1945 nos Flamengos.
Começou a praticar futebol nos Juvenis do FAYAL na época de 1958/1959.
Nas época de 1959/60 a 1962/63 e na de 1964/65 representou o C.R.P.Flamengos, tendo vencido a taça “Império” três vezes.

Ao abrigo da Lei Militar representou o Micaelense Futebol Clube, de Ponta Delgada, na época de 1866/67.
No Fayal Sport fez a época de 1963/64 na categoria de Reservas.
Regressado do serviço militar fixou-se na primeira categoria do FSC sendo campeão Distrital nas épocas de 1968/69 e 1969/70.
Além do futebol praticou atletismo, basquetebol e futebol de salão”.

J. Luís

Publicado no Incentivo a 17 de Dezembro 2018 

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